Modelos Metodológicos da Terapia Ocupacional: Comportamental, Analítico e Trabalho em Grupo


A Terapia Ocupacional (TO) durante a história de sua profissão enfrentou alguns desafios, um deles é o fato de terapeutas ocupacionais no exercício de sua profissão estarem realizando atividades não-ocupacionais. A partir disso, foram estabelecidas abordagens objetivas, para serem usadas pela TO, que ajudam o cliente durante o processo terapêutico.
O comportamentalismo surgiu através da pesquisa realizada por Pavlov, Thorndike e Watson, sobre aprendizagem da resposta de estímulo, continuado pelo trabalho de Skinner de condicionamento operante. Alguns comportamentalistas defendem que o indivíduo é “programado” para responder através do condicionamento dados por experiências vividas.
A educação e a terapia têm sido influenciadas pela teoria comportamental, atuando em programas de modificação comportamental, falta de sensibilidade e no treinamento de aprendizagem programada. Há alguns pressupostos primários, dentre eles estão: o comportamento é toda ação que o indivíduo realiza; o comportamento ocorre em resposta de algum estímulo e pode diminuir ou aumentar; a aprendizagem se dá por meio do reforço que pode ser por causas externas ou internas.
A abordagem de modificação de comportamento normalmente acontece quando o cliente tem incapacidades de aprendizagem. Diante disto, as habilidades são passadas de maneira fragmentada, de modo que comportamentos complexos sejam desenvolvidos, assim como os indesejáveis sejam retirados.   Mesmo não utilizando a modificação de comportamento é necessário escrever os objetivos comportamentais, tal objetivo deve englobar desde a especificação da performance, quanto ao critério em que o produto bem sucedido pode ser medido. Os objetivos comportamentais dessa abordagem são as medidas de resultado. As práticas comportamentais necessitam de atenção por todos que estão envolvidos, se não for realizada cuidadosamente cada parte do processo, a terapia pode ser ineficaz.
A Estrutura Aplicada de Referência Analítica é voltada para o subjetivo do indivíduo, ou seja, considerando suas emoções, significados pessoais e simbolismos que ele atribui a fatos e pessoas da sua vida. É uma referência baseada na forma clássica da psicanálise de Freud. Este propôs que, especialmente sexualidade, foi a base do comportamento humano. Também criou os termos: inconsciente, pré-consciente, id, ego, superego, libido.
A abordagem analítica adota uma visão retrospectiva das ações humanas, e um entendimento do passado que provocou compreensão do presente e remoção de ansiedades referentes ao futuro.                                                                                                                         Esta estrutura de modelo apresenta alguns pressupostos, como:
  • o comportamento é controlado por processos inconscientes e irracionais;
  • a personalidade é marcada pelo desenvolvimento dos estágios psicossexuais e nos estágios das relações com pessoas e objetos;
  • memórias reprimidas durante a infância e adolescência resultam em problemas no final da vida;
  • o material subconsciente pode apresentar em forma de sonhos e símbolos que afetam a realidade;
  • por meio do processo de análise , é possível buscar material fora do inconsciente e resolver conflitos, ansiedades e relações insatisfatórias.
Nesta área, o terapeuta ocupacional trabalha com abordagem freudiana e neofreudiana, e mecanismos que envolvem técnicas como projeção, transferência e contratransferência. A abordagem da projeção trabalha com técnicas criativas com arte, que podem ser feitas individuais ou em grupo, e auxiliam a descobrir simbolismos ou emoções secretas.
Uma das vantagens deste modelo é que focaliza as emoções e relações, liberal material inconsciente e o torna acessível, além de reconhecer uma base irracional para o comportamento. E uma desvantagem, é que o processo geralmente é lento e o paciente pode se tornar dependente da terapia.
A estrutura aplicada de referência do trabalho em grupo é baseada nas teorias à dinâmica das interações e processos de grupo, além de seus efeitos sobre os comportamentos e reações dos membros do grupo.
A abordagem de habilidades interativas é estruturada para promover o desenvolvimento e o uso de habilidades interpessoais e sociais, baseado nos métodos cognitivos e experimentais. E a abordagem psicoterapêutica de grupo fornece um meio de alcançar crescimento e discernimento pessoal, além de desenvolvimento das habilidades interativas. O seu principal propósito é fornecer oportunidades aos clientes para explorarem suas reações e problemas pessoais por meio das interações.

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